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História do Avião B2: da Construção ao Ataque ao Irã em Junho de 2025

  • Foto do escritor: Roberto Leite
    Roberto Leite
  • 2 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de jul.

Avião B2: Origem e Desenvolvimento

Avião B2: Origem e Desenvolvimento


O avião B2 nasceu da necessidade dos Estados Unidos de possuir um bombardeiro capaz de penetrar defesas antiaéreas avançadas sem ser detectado.


O projeto “Advanced Technology Bomber” (ATB) foi iniciado em meados dos anos 1970, após o físico soviético Pyotr Ufimtsev publicar estudos sobre a interação de ondas eletromagnéticas com superfícies geométricas. Esses trabalhos, consultáveis pelas equipes americanas, pavimentaram o caminho para o conceito stealth aplicado ao design do avião B2.


Fabricado pela Northrop (hoje Northrop Grumman), o bombardeiro adotou a configuração “asa voadora”, eliminando fuselagem convencional e cauda para minimizar o retorno de radar. Essa abordagem exigiu sofisticados sistemas de controle fly-by-wire, garantindo estabilidade em voo apesar das formas curvas e não ortodoxas.



Primeiros Voos e Produção em Série


O primeiro voo oficial do avião B2 ocorreu em 17 de julho de 1989. Após uma série de testes de engenharia e avaliação de performance stealth, as entregas à Força Aérea dos EUA começaram em 1993.


Entre 1987 e 2000, foram produzidas 21 unidades de B-2 Spirit. Dessas, 19 permanecem ativas; duas foram perdidas em acidentes – uma delas em 2008, logo após a decolagem da Base de Whiteman, Missouri, sem vítimas fatais graças à ejeção segura da tripulação.


Cada aeronave custou, em termos de aquisição e suporte logístico, cerca de US$ 929 milhões de dólares (valores de 1997). O programa total, incluindo desenvolvimento e testes, ultrapassou US$ 2,1 bilhões por unidade. Seu elevado preço motivou debates no Congresso americano, mas o fim da Guerra Fria já havia reduzido da proposta original de 132 para apenas 21 exemplares.



Tecnologias Stealth e Design Inovador


O avião B2 destacou-se por reunir diferentes camadas de furtividade:


  • Geometria furtiva: Superfícies facetadas e curvas suaves dispersam ondas de radar, reduzindo drasticamente a assinatura radar (RCS).

  • Materiais absorventes: Revestimentos compostos contendo barreiras dielétricas promovem absorção de ondas eletromagnéticas.

  • Controle de emissões: Gestão térmica e filtros de escapamento minimizam assinatura infravermelha.


Internamente, o bombardeiro pode transportar até 18 toneladas de armamentos em compartimentos internos, mantendo sua silhueta limpa e furtiva. Ele voa a 15 km de altitude, atinge 1.010 km/h e tem alcance sem reabastecimento de 11.000 km – ampliável para 19.000 km com múltiplos reabastecimentos em voo.


Para mergulhar na história de outras aeronaves que marcaram a história em segurança de voo, confira O Avião Comercial Mais Seguro da História.



Missão de Bombardeio ao Irã em junho de 2025


Em 21 de junho de 2025, o avião B2 Spirit entrou em ação na maior operação furtiva da história recente. Batizada de “Operação Martelo da Meia-Noite”, a missão mobilizou sete B-2 lançando 14 bombas GBU-57A/B – as poderosas “bunker busters” de 13,6 toneladas cada – contra três instalações nucleares subterrâneas iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.


A decolagem ocorreu em Whiteman AFB (Missouri). Os bombardeiros voaram cerca de 18 horas até o espaço aéreo iraniano, mantendo rádio e transponders em silêncio para burlar sistemas de alerta. O trajeto de volta, com escalas para reabastecimento, totalizou quase 37 horas contínuas de missão, exigindo turnos de repouso, uso de banheiros químicos e micro-ondas a bordo.


Os sistemas de defesa iranianos não detectaram nenhum B-2, e não houve reação de caças nem mísseis terra-ar. Satélites americanos confirmaram danos críticos nos três alvos, comprometendo profundamente o programa nuclear iraniano sem registro de baixas civis.


Para conhecer a aviação de coletivos e as relíquias preservadas em hangares mundo afora, leia também sobre a visita a Museus de Aviões.



Legado estratégico e futuras atualizações


O ataque ao Irã em junho de 2025 reforçou o papel do avião B2 como pilar da dissuasão estratégica americana. Seu perfil ainda único justifica as contínuas melhorias: novos sistemas de comunicação, atualizações de software em tempo real e integração com o futuro B-21 Raider.


Previsto para operar até 2058, o B-2 Spirit continuará servindo em missões de alta sensibilidade, penetrando defesas avançadas com precisão cirúrgica. A combinação de alcance global, furtividade comprovada e munições especializadas garante ao avião B2 posição de destaque no cenário militar por décadas.


Em resumo, o avião B2 uniu inovação tecnológica e poder de fogo, mostrando ao mundo que a furtividade combinada à capacidade de ataque intercontinental ainda determina padrões de supremacia aérea.



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📰 Fonte: CNN

📷 Imagens: Canva Pro





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