Piloto Suicida: EgyptAir 990 - Voo LAM 470 e Germanwings 9525
Hoje vamos falar de 3 acidentes aéreos emblemáticos de Piloto Suicida: EgyptAir 990 - Voo LAM 470 e Germanwings 9525, onde o inimaginável aconteceu, o próprio piloto foi o causador do acidente de forma proposital, um deles é muito conhecido, GermanWIngs 9525! Além deste acidente outros também ficaram conhecidos na aviação, o voo Egyptair 990 e o voo LAM 470 que vamos abordar nesta matéria.
Este é assunto preocupante na aviação e a cada dia tem aumentando ainda mais as inspeções dos tripulantes e afastamentos por problemas psicológicos.
"Além dos fatores de personalidade, outras variáveis podem influenciar o desempenho dos pilotos, como as condições de trabalho e seus aspectos emocionais, que podem acarretar problemas de saúde mental nos pilotos, tornando-se uma ameaça para a segurança do voo11. Um estudo mostrou que 13,5% dos pilotos atingiram escores para depressão e 4,1% relataram ter pensamentos suicidas nas últimas duas semanas. Outro estudo revelou que os pilotos que ficavam longas horas em serviço por semana apresentaram duas vezes mais chance de se sentirem deprimidos ou ansiosos. Os distúrbios do sono e a fadiga relacionados ao trabalho, podem explicar a maior probabilidade desses pilotos de se sentirem deprimidos ou ansiosos." Artigo UFTM
1- EgyptAir 990: Uma Tragédia no Atlântico
O voo EgyptAir 990, operado por um Boeing 767-366ER, partiu de Los Angeles com destino ao Cairo, com uma escala em Nova York. Em 31 de outubro de 1999, a aeronave caiu no Oceano Atlântico, cerca de 100 km ao sul de Nantucket, Massachusetts, matando todos os 217 passageiros e tripulantes a bordo.
Detalhes do Voo
Aeronave: Boeing 767-366ER, registrado como SU-GAP.
Origem: Aeroporto Internacional de Los Angeles, EUA.
Escala: Aeroporto Internacional John F. Kennedy, Nova York, EUA.
Destino: Aeroporto Internacional do Cairo, Egito.
Passageiros: 203.
Tripulantes: 14.
O Acidente
O voo EgyptAir 990 decolou de Nova York às 1h20 da manhã. Menos de 25 minutos depois, a aeronave nivelou-se a uma altitude de 33.000 pés. Às 1h50, o avião começou a descer rapidamente, atingindo uma velocidade próxima à do som, muito acima da velocidade máxima segura para um Boeing 767. A descida foi interrompida brevemente, mas logo depois o avião iniciou uma descida fatal, perdendo um dos motores antes de cair no oceano.
Investigações e Controvérsias
A investigação do acidente foi conduzida pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos EUA e pela Agência de Aviação Civil Egípcia (ECAA). O NTSB concluiu que a causa do acidente aéreo foi a entrada do primeiro oficial de alívio nos controles de voo, resultando na queda deliberada da aeronave. No entanto, as autoridades egípcias discordaram, sugerindo que uma falha mecânica no sistema de controle do profundor poderia ter causado o acidente.
A "Causa Provável" no relatório final diz: O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes determina que a causa provável do acidente do voo 990 da EgyptAir é a saída do avião do voo normal de cruzeiro e o impacto subsequente com o Oceano Atlântico como resultado das informações de controle de voo do primeiro-oficial substituto. A razão para as ações do primeiro oficial substituto não foi determinada. NTSB
Impacto e Legado
O acidente do voo EgyptAir 990 foi uma das maiores tragédias da aviação, levantando questões sobre a segurança dos voos e a saúde mental dos pilotos, para evitar casos de piloto suicida. A controvérsia sobre a causa do acidente aéreo destacou a importância de investigações transparentes e colaborativas em desastres aéreos.
O voo EgyptAir 990 permanece na memória como um lembrete sombrio dos riscos inerentes à aviação e da necessidade contínua de melhorias na segurança e na supervisão dos voos.
2 - Voo LAM 470: Uma Tragédia na Aviação
O voo LAM 470, operado pela Linhas Aéreas de Moçambique, foi uma tragédia que abalou a aviação em 2013. Este acidente aéreo ocorreu pouco tempo antes do Germanwings 9525, porém foi pouco explorado e quase não teve repercussão na mídia, mas poderia ter evitado o Germanwings se as providências tivessem sido adotadas desde então. Neste acidente ficou claro que deliberadamente o comandante derrubou o avião, após a saída do copiloto para ir ao banheiro, matando todos a bordo, um caso clássico de piloto suicida. Vamos explorar os detalhes desse acidente e suas implicações.
Detalhes do Voo
Aeronave: Embraer E190, registrado como C9-EMC.
Origem: Aeroporto Internacional de Maputo, Moçambique.
Destino: Aeroporto Internacional Quatro de Fevereiro, Luanda, Angola.
Passageiros: 27.
Tripulantes: 6.
O Acidente
Em 29 de novembro de 2013, o voo LAM 470 partiu de Maputo às 11h26 (horário local) com destino a Luanda. Durante o voo, a aeronave começou a perder altitude rapidamente enquanto sobrevoava o Parque Nacional Bwabwata, na Namíbia. O avião caiu às 13h30 (horário local), matando todos os 33 ocupantes a bordo.
Investigações e Controvérsias
As investigações conduzidas pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) e pela Direção de Investigações de Acidentes Aéreos da Namíbia concluíram que o capitão Hermínio dos Santos Fernandes deliberadamente programou o piloto automático para causar a queda da aeronave. No entanto, essa conclusão foi contestada pela Associação Moçambicana de Operadores Aéreos (AMOPAR), que sugeriu outras possíveis causas.
Impacto e Legado
O acidente do voo LAM 470 destacou a importância da saúde mental dos pilotos e da necessidade de inspeções rigorosas. A tragédia também levou a melhorias nas práticas de segurança e na supervisão dos voos.
O voo LAM 470 permanece na memória como um lembrete sombrio dos riscos inerentes à aviação e da necessidade contínua de melhorias na segurança e na supervisão dos voos para se evitar mais casos de piloto suicida.
3 - Germanwings 9525: Uma Tragédia nos Alpes Franceses
O voo Germanwings 9525, operado por um Airbus A320-211, partiu de Barcelona, Espanha, com destino a Düsseldorf, Alemanha, em 24 de março de 2015. Infelizmente, essa viagem terminou em tragédia quando a aeronave caiu nos Alpes Franceses, matando todos os 150 ocupantes a bordo.
Detalhes do Voo
Aeronave: Airbus A320-211, registrado como D-AIPX.
Origem: Aeroporto de Barcelona-El Prat, Espanha.
Destino: Aeroporto de Düsseldorf, Alemanha.
Passageiros: 144.
Tripulantes: 6.
O Acidente
O voo Germanwings 9525 decolou de Barcelona às 9h00 GMT e deveria ser uma viagem de duas horas. Após atingir a altitude de cruzeiro de 38.000 pés, o capitão deixou a cabine de comando, deixando o copiloto Andreas Lubitz no controle. Pouco depois, Lubitz trancou a porta da cabine e iniciou uma descida controlada, alterando a altitude selecionada para 100 pés. Durante os minutos seguintes, o avião desceu rapidamente, ignorando os repetidos pedidos de acesso à cabine e os alertas de colisão.
Investigações e Conclusões
As investigações revelaram que Andreas Lubitz, o copiloto, havia sido tratado anteriormente por tendências suicidas e declarado inapto para trabalhar por seu médico, mas ele não informou a companhia aérea sobre sua condição. A análise do gravador de voz da cabine capturou os sons dos alarmes e das tentativas desesperadas do capitão de reentrar na cabine.
Impacto e Mudanças na Aviação
O acidente do voo Germanwings 9525 levou a mudanças significativas nas políticas de segurança da aviação. Autoridades de aviação em vários países implementaram medidas que exigem a presença de pelo menos dois membros da tripulação na cabine de comando a todo momento. Além disso, houve um aumento na conscientização sobre a importância da saúde mental dos pilotos e na necessidade de monitoramento rigoroso.
Legado
O voo Germanwings 9525 permanece como um lembrete sombrio dos riscos associados à aviação e da importância de medidas de segurança robustas. A tragédia destacou a necessidade de um equilíbrio entre a privacidade dos pilotos e a segurança dos passageiros, levando a uma revisão das práticas de segurança em todo o mundo.
Conclusão
Como qualquer ser humano, os pilotos também estão suscetíveis a problemas mentais e psicológicos, no caso do voo LAM 470 o piloto estava separado da esposa e seu filho havia falecido em um acidente de carro um ano antes da tragédia do voo, por isso as empresas precisam continuar investindo em meios para detectar o estado mental de pilotos em linhas áreas, e desta forma evitar casos como estes detalhados nesta matéria. Eu já tive amigo afastado do voo por situação de separação da esposa, onde o piloto permanece por um tempo até voltar nas condições psicológicas normais para voar. Espero que está matéria, Piloto Suicida: EgyptAir 990 - Voo LAM 470 e Germanwings 9525,
possa ter contribuído com seu conhecimento, e deixe no comentário qual assunto gostaria de ver aqui no Mundo Aviação Brasil, até a próxima tripulante!
📰 Fonte: Wikipedia e Universidade Federal do Triângulo Mineiro
📷 Imagens: Wikipedia e Pexels
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